quinta-feira, 18 de novembro de 2010

OBESIDADE MENTAL.

Obesidade Mental
"o pior problema da sociedade moderna".


Compilação: Prof. Elias Moreira
O professor Andrew Oitke publicou o seu polémico livro "Mental Obesity", que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia por Harvard introduziu este conceito para descrever o que considerava como "o pior problema da sociedade moderna".

"Faz pouco tempo que a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de notar que nossos abusos no campo da informação e do conhecimento estão criando problemas tão ou mais sérios que esses."

Segundo o autor, "a nossa sociedade está mais entupida de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentaristas, editores da informação, filósofos, romancistas e diretores de cinema. Os telejornais e as telenovelas são os hamburgers do espírito; já as revistas e os romances são os donuts da imaginação."

O problema central parece localizar-se na Família e nas Escolas.

"Qualquer pai responsável sabe que seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolates. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videogames e telenovelas. Com uma "alimentação intelectual" tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam alcançar uma vida saudável e equilibrada."

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: "O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. Há muito tempo que a Imprensa deixou de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. "Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais."

Outros casos mencionados criaram uma polêmica que perdura até hoje: "O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem um teto famoso, mas poucos sabem porquê. Todos acham que Saddam Hussein era um homem mau e que Nelson Mandela é bom, mas nem sabem exatamente porquê. Todos sabem que Pitágoras criou um teorema, mas ignoram o que é um cateto."

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras: "Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida e a religião abandonada. A cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte tornou-se uma futilidade, paradoxal ou doentia. Floresceu a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria e o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. Portanto, o mundo precisa de reformas, desenvolvimento ou progressos. Mas precisa, sobretudo e antes de mais nada, de dieta mental."

Um comentário:

  1. Nas sociedades antigas,da Idade média para trás, vivíamos uma escravidão mais brutal:
    Ou se era cassado em ocasiões de guerra e invasões e os capturados viravam escravos, vendidos aos mais ricos para servirem os seus despautérios, ou nasciam filhos de escravos e herdavam essa condição deplorável de seus pais. Hoje a escravidão é mais sutil. Se dá pelos meios de comunicação em massa que nos dizem por onde andar,onde nos divertirmos, o que comprarmos e o que comermos. Dizem até o que devemos considerar bonito ou feio. Trabalhamos por salários miseráveis, sem direito a saúde, educação e segurança decentes. Somos controlados por uns poucos poderosos que não se importam absolutamente conosco desde que a mão-de -obra barata seja cumprida a contento. A palavra de Deus diz em 1 cor.6:12 "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convem". Devemos analisar o que assimilamos na mídia do dia a dia e ver o que é bom e o que não é bom para as nossas vidas já tão sofridas pela falta de recursos que nos permitam ter um pouco de paz e saúde mental.
    Um abraço,
    Jef.:

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